A SpaceX enfrentou mais um revés em sua missão de desenvolver o Starship, o foguete projetado para levar humanos à Lua e a Marte. Em 6 de março de 2025, durante o oitavo voo de teste, a espaçonave perdeu o controle e explodiu pouco após atingir o espaço, marcando a segunda falha consecutiva em menos de dois meses. A explosão resultou na dispersão de destroços sobre o Oceano Atlântico, afetando o tráfego aéreo em regiões como a Flórida, Bahamas e Ilhas Turks e Caicos .
🔧 Modificações nas Asas Dianteiras da Starship: O Que Mudou e Por Quê
A SpaceX implementou modificações significativas nas asas dianteiras (forward flaps) da Starship a partir do voo de teste 7, realizado em janeiro de 2025. Essas alterações visaram resolver problemas de superaquecimento e falhas estruturais observados em voos anteriores, especialmente durante a reentrada atmosférica.
🔥 O Problema: Superaquecimento nas Asas Dianteiras
Nos voos de teste 4, 5 e 6, a Starship enfrentou danos consideráveis nas asas dianteiras devido ao intenso calor gerado durante a reentrada. No voo 4, por exemplo, houve perda quase total de uma das asas dianteiras, comprometendo a estabilidade e o controle da nave. Esses incidentes evidenciaram a necessidade de melhorias no design para suportar as extremas condições térmicas .
🔍 O que causou a explosão pela análise da SpaceX?
Segundo a SpaceX, a provável causa foi um vazamento de propelente na seção traseira da nave, acima da barreira de fogo dos motores. Esse vazamento gerou incêndios sustentados que excederam a capacidade de ventilação do sistema, levando à ativação do sistema de autodestruição por segurança .Wikipédia
Além disso, análises indicam que vibrações harmônicas intensas, não previstas nos testes em solo, podem ter contribuído para o aumento do estresse no sistema de propulsão, resultando em falhas estruturais e no desligamento dos motores .
⚠️ Falhas recorrentes
As últimas missões do Starship têm enfrentado desafios significativos. No sétimo voo, ocorrido em janeiro de 2025, a nave também explodiu devido a problemas semelhantes de vazamento e incêndio na seção traseira. Essas falhas recorrentes indicam que há questões fundamentais no design e na engenharia do sistema de propulsão que ainda precisam ser resolvidas.Olhar Digital+1Wikipédia+1
🔥 O Problema: Superaquecimento nas Asas Dianteiras
Nos voos de teste 4, 5 e 6, a Starship enfrentou danos consideráveis nas asas dianteiras devido ao intenso calor gerado durante a reentrada. No voo 4, por exemplo, houve perda quase total de uma das asas dianteiras, comprometendo a estabilidade e o controle da nave. Esses incidentes evidenciaram a necessidade de melhorias no design para suportar as extremas condições térmicas .
🛠️ As Modificações Implementadas
Com o lançamento do modelo Block 2 no voo 7, a SpaceX introduziu diversas melhorias nas asas dianteiras:
- Reposicionamento das asas: As asas foram deslocadas para uma posição mais protegida, reduzindo sua exposição direta ao fluxo de calor durante a reentrada.
- Redução da espessura e novo ângulo: As asas foram afinadas e ajustadas para um ângulo de aproximadamente 140°, em contraste com os 180° anteriores, diminuindo a resistência ao calor e melhorando a aerodinâmica.
- Simplificação dos mecanismos internos: Os sistemas de acionamento das asas foram redesenhados para serem mais robustos e menos suscetíveis a falhas térmicas.
- Melhoria no revestimento térmico: Foram adicionadas proteções térmicas mais eficazes nas áreas críticas das asas, aumentando sua resistência ao calor extremo.
🌪️ O surgimento da ressonância
Durante o voo 7, sensores da SpaceX detectaram oscilações harmônicas nas asas dianteiras — movimentos que se retroalimentavam com a vibração da fuselagem. Esse fenômeno é conhecido como acoplamento aeroelástico (flutter), e pode destruir rapidamente qualquer estrutura em alta velocidade.
Segundo análises preliminares:
- A nova configuração das asas aumentou a sensibilidade às forças vibracionais.
- As oscilações foram amplificadas durante a reentrada, levando a um colapso estrutural parcial.
- A estrutura traseira sofreu falha crítica, com incêndio e perda de controle.
- O sistema de autodestruição foi ativado para evitar riscos fora da zona segura.
As modificações implementadas no voo 7 solucionaram parcialmente o problema térmico, mas introduziram uma nova vulnerabilidade estrutural, que levou à destruição da nave. Ou seja:
O voo 7 foi o primeiro em que as asas deixaram de queimar, mas passaram a oscilar.
🚀 Próximos Passos da SpaceX: Hora de Reavaliar a Configuração das Asas
Diante dos resultados do voo 7, é evidente que as modificações nas asas dianteiras — embora eficazes na mitigação do superaquecimento — introduziram uma vulnerabilidade estrutural perigosa. A ressonância aeroelástica resultante foi suficiente para comprometer a integridade da nave, causando sua destruição.
Nesse contexto, uma estratégia sensata para a SpaceX seria:
✅ Retomar a configuração das asas dianteiras dos voos 4, 5 e 6
- Essas versões apresentaram boa estabilidade aerodinâmica durante reentrada, mesmo que tivessem limitações térmicas.
- O comportamento da nave era mais previsível e controlável, sem registro de oscilações destrutivas.
🔧 Trabalhar a partir dessa base para:
- Melhorar o isolamento térmico das asas existentes, sem alterar drasticamente sua geometria e posição;
- Implementar materiais mais resistentes e eficientes, em vez de mudar o design aerodinâmico;
- Realizar simulações e testes em túnel de vento com foco em estabilidade aeroelástica, antes de novos voos.
Essa abordagem permitiria preservar a estabilidade dinâmica comprovada das versões anteriores, enquanto trata diretamente o problema térmico com soluções estruturais e materiais, e não com mudanças agressivas de geometria.
🧠 Conclusão técnica:
A engenharia espacial exige um equilíbrio entre forma, função e segurança. Sacrificar a aerodinâmica validada para resolver um problema térmico pode criar novos riscos maiores — como vimos no voo 7.
Por isso, retornar à configuração estável dos voos 4–6 e aprimorá-la pode ser o caminho mais eficaz e seguro.